Viagem.
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho
paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao
cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a
dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas
sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
(Miguel Torga)
Meu Chocolate
Há 14 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário